Resident Evil 4 terá provocado o melhor baptismo de fogo do modo Mercenaries. É um dos melhores jogos quando se reflecte sobre o passado da série. E foi louvável a iniciativa de incluir o Mercenaries a título de modo desbloqueável. Depois de percorrida a campanha, nada melhor que enfrentar hordas de gañados só por desporto, aceitando um conjunto de regras que fazem prevalecer a acção sobre qualquer outra definição que seja familiar da série.
Mensagem de boas-vindas.
Mesmo os adeptos mais conservadores da série não deixavam de gabar e admirar a escolha da Capcom. As regras do modo de jogo deitavam por terra o espírito de "survival e terror que é apanágio de um RE. Mas ganhava naquilo que propunha enquanto alternativa e via de escape, ao avançar para um esquema baseado na acção pura e na liquidação constante de inimigos, tudo como um "score attack". No final, tudo estava lá. Survival para o contexto da progressão individual e acção para facilitar a ligação ao "multiplayer".
Confiando na aceitação do modo Mercenaries a Capcom optou por dar carreira a solo ao modo de jogo. A escolha da plataforma eleita também não está desprovida de sentido. Atendendo a que o contexto de Mercenaries não difere de muitas produções para "home systems" que apresentam propostas com maior ou menor proximidade como acontece com Left 4 Dead, a diferença está, desde logo, na portabilidade do conteúdo.
Por outro lado, as funcionalidades da 3DS em termos de ligação sem fios à rede e via local através do StreetPass e SpotPass são motivos suficientes para operar a ligação entre os jogadores. Os combates de Mercenaries via multiplayer (co-op) consolidam a proposta. Na apresentação aos europeus do produto, Masachika Kawata, produtor nipónico responsável pelo produto, não esqueceu o efeito 3D da consola; "tornar as melhores características da série e apresentá-las num novo mundo estereoscópico em 3D".
Andar e disparar deixará muita gente satisfeita.
O motor gráfico MT Framework mobile gera um aspecto gráfico bastante apelativo, a rivalizar com o visual de RE4, e ao mesmo tempo demonstra desenvoltura quando a personagem tem de despachar os grupos de gañados. Na verdade há todo um potencial técnico a explorar. A 3DS é uma portátil bem mais capaz que a actual NDS e isso faz toda a diferença. Não apenas revela capacidade para acolher um pacote integral de Mercenaries, como irá patrocinar um outro Resident Evil, sub-entitulado Revelations e que promete "revelar" os acontecimentos no intervalo entre RE4 e RE5. Contas de outro rosário.
Para já o foco incide também sobre personagens que irão marcar presença no jogo, cada uma com armas diferentes. A Capcom já confirmou que estarão disponíveis Chris Redfield, Claire Redfield (pela primeira vez em Mercenaries), Hunk, Jack Krauser e Jill Valentine. Mas Kawata falou-nos que haverá mais. Na arena há diferenças entre elas, considerando a estrutura muscular, o que deixa as senhoras mais vulneráveis e os homens, embora rijos e implacáveis, algo lentos. Será possível recorrer à mira de algumas armas para pontaria certeira, caso sejam adeptos das "snipers" e de circular por telhados ou secções mais elevadas. Avançar e disparar ao mesmo tempo terá a bênção de incontáveis adeptos do jogo, que há muito manifestam pela alteração.
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